segunda-feira, 29 de março de 2010

Analista ambiental diz que ninguém está se preocupando com a degradação do meio ambiente

O analista ambiental do Ibama – Goiás, Ricardo Portas diz que o brasileiro não está satisfeito em saber do futuro sem água potável. No dia de ontem, (28) foi imposto o maior movimento da História em defesa do meio ambiente, chamado Hora do Planeta. Onde todas as pessoas do mundo foram convidadas a apagarem as luzes por 30 min. Portas alerta que as autoridades, os empresários, o governo devem adotar medidas, habilidades de reflexão na preservação do meio ambiente. Segundo o analista ambiental, em um tempo não muito distante, os rios estarão no caminho da degradação, pois estão quase todos com suas margens desmatadas e com um alto grau de assoreamento. Além disso, Portas relata que nossas terras, matas, córregos, águas e ar serão desagradáveis, e, com isso, o clima ficará muito pior do que já é hoje. “Ninguém está se preocupando com a degradação do solo, mar, etc. A preservação do Araguaia é nossa luta, venha nos ajudar a mudar o futuro de nossos filhos”, declara.


Pergunta: Como é feito o trabalho de fiscalização realizado todos os anos no rio Araguaia?
Resposta: O trabalho realizado é feito de várias formas, por meio de etapas. Na APA (Área de Proteção Ambiental) de São Miguel do Araguaia é realizado um serviço diuturnamente todo ano. Nas outras cidades, como Aruanã, Bandeirantes e Aragarças, os trabalhos se intensificam na temporada de pesca, assim também, abrangendo a flora e a fauna.


P: O Ibama tem alguma ação social em relação ao rio Araguaia, ou projetos incluindo estudantes?
R: Sim, os dois. Ação social envolve a comunidade em geral na preservação do Araguaia. Treinamentos que envolvem jovens estudantes universitários a irem até ao Araguaia levando o nome do órgão, bem como representando o Ibama. Se alguém se interessar em fazer parte da seleção pode participar das reuniões aos sábados das 14h às 19h; aos domingos, das 9h às 14h; e às quintas-feiras no mesmo horário do domingo na própria sede do instituto, situada no Setor Universitário. Para maiores informações, consulte o site no endereço: http://www.ibama.gov.br/ran


P: Sabemos que entre junho e outubro as águas do rio abaixam. O que pode ser feito em preservação?
R: Pode ser feita uma fiscalização intensiva, com uma integração entre os órgãos ambientais: Agência de Meio Ambiente do Estado, Batalhão Florestal, Ministério Público e Delegacia Estadual do Meio Ambiente.


P: É verdade que na temporada do Araguaia, o rio nos proporciona belas praias e muita paisagem deslumbrante da natureza?
R: Sim, claro, pois o rio Araguaia, além de ser altamente piscoso (com muita vida aquática), o por do sol nos seus remansos é um dos mais bonitos do Brasil. Infelizmente, a mentalidade do goiano não é de contemplação, as pessoas vão para o Araguaia para fazer fará, e não para ver os animais. Devemos mudar essa cultura.


P: A região que abrange todo rio Araguaia em seu fluxo pode ser considerada, excepcionalmente, um patrimônio cultural. Por quê?
R: Sim, pois o rio recebe cientistas, empresários, turistas e, principalmente, pessoas ligadas à área do meio ambiente, ou seja, ambientalistas não só do Brasil, como de outros países. Patrimônio cultural, por que sua cultura ribeirinha é cantada em verso e prosa.


P: Que parcerias de sucesso existem para evitar a poluição do rio Araguaia e suas matas ciliares?
R: O fundamental é a educação, a prevenção ambiental com os ribeirinhos e os órgãos competentes, mas o principal mesmo é o acordo, a parceria existente entre a população. As pessoas têm que perceber que o rio é um lugar rico, adotar a consciência de preservação é sempre bom, para que nossos filhos também contemplem a beleza e a riqueza do Araguaia.


P: O Rio Araguaia corta metade do Brasil, ligando o Centro-Oeste ao Norte. Comente sobre as cidades ribeirinhas. E das que visitou, qual projeto chamou sua atenção em preservação do meio ambiente?
R: Um dos maiores projetos na área de preservação do meio ambiente está na cidade de Luiz Alves, que se chama Projeto Pirarucu (peixe em extinção). As cidades ribeirinhas recebem vários técnicos ambientalistas, não só de entidades governamentais brasileiras, como também técnicos internacionais, a convite do Ibama.