domingo, 26 de setembro de 2010

Deu em o globo: Metamorfoses

Merval Pereira

O presidente Lula é o sujeito mais enganado do mundo. Ou o que mais se engana. Ou se acha capaz de enganar todo mundo. Já se declarou uma “metamorfose ambulante” para justificar suas constantes mutações. Agora mesmo passou de um ponto a outro, de acusar a “mídia” de tentativa de golpismo a tratá-la como a coisa mais importante do mundo.

Ele, que apregoava que a “velha mídia” não tem mais importância na relação com os cidadãos, admitiu, sempre nos palanques, que sua disputa com a imprensa é em busca de elogios, que fica de ego inflado quando é elogiado.

Menos, presidente, menos.

Mais do mesmo, apenas a repetição de uma tática de morde e assopra em que ele é mestre. Pelo mais recente relato da crise no Gabinete Civil, repete-se o mesmo roteiro, que leva a crer que ou o presidente não sabe escolher seus assessores – o que coloca uma dúvida sobre a escolha de Dilma como sua candidata –, ou não consegue controlar sua equipe.

E tampouco Dilma consegue.

Uma semana depois da saída de Erenice Guerra da Casa Civil sob acusação de tráfico de influência, ele admitiu finalmente que pode ter sido enganado. “Se alguém acha que pode chegar aqui e se servir, cai do cavalo, porque a pessoa pode me enganar um dia, mas não engana todo mundo todo dia”.

Esse comentário de Lula é uma demonstração de que ele é um precipitado quando quer defender seu feudo eleitoral, e por isso perde o senso de medida.

Um dia depois de ter que demitir sua ministra, o presidente voltou a subir nos palanques para criticar a imprensa, dizendo para seu eleitorado que os jornais "inventam coisas" contra ele apenas por que apóiam a candidatura adversária de José Serra.


A candidata Dilma foi no mesmo diapasão, acusando a oposição de usar "calúnias e falsidades" contra o governo.

Hoje, o presidente já admite que pode ter sido enganado, e a candidata oficial tira o corpo fora para dizer que foi Lula quem indicou Erenice para o ministério.

Antes, dizia que não vira nenhum sinal de atitudes indevidas de seu antigo braço direito, agora transformada em simples “ex-assessora”.

Agora, Dilma já anuncia que é a favor de punições rigorosas, e que nunca foi favorável ao nepotismo que estava instalado no seu ministério, desde quando era ela a responsável principal.

No caso anterior, da quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato oposicionista, o presidente chegou a ir à televisão, num dia 7 de setembro, para, simulando uma declaração oficial de governo, assumir seu papel de cabo eleitoral da candidata Dilma.

Garantiu ao povo brasileiro que a turma “do contra” levantava calúnias contra seu governo. Até o momento, várias pessoas ligadas ao PT foram indiciadas pela quebra de sigilo, o aparelhamento político da Receita Federal transformou agências em verdadeiros balcões de negócios, e o próprio governo, que negava as acusações, teve que anunciar às pressas várias medidas para proteger políticos e suas famílias de uma possível invasão.

O fato de ter se mobilizado para blindar políticos, e só ter tido preocupações com efeitos eleitorais do episódio, mostra como o governo vem tratando a questão, sem se preocupar com o fato de que mais de mil pessoas tiveram seus sigilos negociados nos balcões da agência Mauá da Receita federal.

Como bem destacou a candidata do Partido Verde Marina Silva, o governo deveria ter pedido desculpas aos contribuintes, e não apenas se preocupar com os aspectos políticos do episódio.

A tática de negar primeiro, e depois admitir que houve problemas, é recorrente no governo Lula. No mensalão foi a mesma coisa.

Em entrevista de Pedro Bial no Fantástico, em janeiro de 2006, o presidente Lula admitiu que houve erros, tanto, disse ele, que houve punições: "Genoíno saiu da presidência do PT, o Silvinho não está mais no PT e o Zé Dirceu perdeu o mandato. O Delúbio saiu do PT".

O presidente, que havia se declarado “traído” no episódio, diz que "o conjunto dos acontecimentos" soou como se fosse uma "facada nas costas".

Hoje, Lula diz que não houve mensalão, e que tudo não passou de uma conspiração da oposição, com apoio da “midia”, contra o seu governo.

2004 – O Mensalão vem a público


Política direto do site ricardoorlandine.net

Na sexta-feira, dia 24 de setembro de 2004, o diário carioca Jornal do Brasil publicava em sua seção “Brasil” o artigo Miro denuncia propina no Congresso, o qual recebe destaque na primeira página com a manchete “Planalto paga mesada a deputados”.

A matéria fazia menção ao que já havia sido publicado anteriormente na revista Veja de número 1872 e que chegou às bancas em 18 de setembro de 2004.

Miro Teixeira, na época Ministro das Comunicações, havia comunicado a existência do mensalão ao Ministério Público Federal.

O ex-Ministro afirmou que o governo montou no Congresso um esquema de distribuição de verbas e cargos para premiar partidos da bancada governista fiéis ao Planalto.

Chamado mensalão, tratava-se de uma mesada fixa em troca de votos favoráveis no painel eletrônico.

A denúncia foi feita por vários parlamentares ao ex-ministro das Comunicações, Miro Teixeira, quando ainda era líder do governo na Câmara Federal.

Na época, Miro teria pressionado esses deputados para que fossem com ele pessoalmente ao encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para confirmar o que denunciavam, e que era operado pelo ex-subchefe da Casa Civil, Waldomiro Diniz, homem de confiança de José Dirceu, então ministro chefe da Casa Civil.

Como nenhum denunciante teve coragem, Miro resolveu se aconselhar com um dos mais atuantes procuradores do Ministério Público Federal em Brasília.

- Não faço política assim - lamentou Miro ao procurador, pouco antes de a insatisfação levá-lo a abandonar o governo Lula.

A senadora Heloísa Helena confirmou ao JB a existência do esquema.

- O governo montou um balcão de negócios sujos para manter sua base de bajulação. A cada nova denúncia ou indício de crime contra a administração pública, sinto um misto de tristeza e indignação. Surpresa, nenhuma – disse a senadora.

Nascia aí a maior crise política do governo Lula.

Mas não podemos esquecer que não foram só os aliados de Lula os envolvidos com o mensalão ou operações similares.

O DEM em Brasília montou algo bem parecido, Mensalão do Democratas de Brasília, arquitetado pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda e seus aliados políticos.

Já o PSDB de José Serra criou o mensalão tucano, também chamado de mensalão mineiro, ou ainda valerioduto tucano, que teria ocorrido na campanha para a eleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

O fato, e muito triste por sinal, é que até agora tudo ainda cozinha na pizzaria Brasil.

Se alguém souber de alguém que está preso, me avise.

IBOPE APONTA SEGUNDO TURNO EM GOIÁS

O Globo

Pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira pela TV Anhanguera, afiliada da TV Globo, aponta Marconi Perillo (PSDB) na liderança com 43% das intenções de voto. Iris Rezende (PMDB) tem 33%.

Segundo a pesquisa, Vanderlan Cardoso (PR) tem 12%. Os candidatos Washington Fraga (PSOL) e Marta Jane (PCB) não pontuaram. Os votos brancos e nulos somam 4% e indecisos 7%.

Em uma simulação do segundo turno, se os candidatos fossem Marconi Perillo e Iris Rezende, o primeiro teria 47% dos votos enquanto que o segundo, 37%.

Na corrida para o Senado, o senador Demóstenes Torres (DEM) está na liderança com 52% das intenções de voto. Lúcia Vânia (PSDB) aparece com 39%, seguido de Pedro Wilson (PT), com 18%, Adib Elias (PMDB), com 11%, e Reneer (PP), que abandonou a candidatura na semana passada, foi citado por 7% dos entrevistados.

De acordo com a pesquisa, o candidato Roberto Cunha (PP) tem 6%, e Elias Vaz (PSOL), 3%. Já os candidatos Rubens Donizete (PSTU) e Bernardo Bispo (PCB) têm 1% , cada.

Na pesquisa, 21% dos entrevistados citaram apenas um candidato. Votos brancos e nulos somaram 9% . O número de eleitores indecisos é alto: 32%.

A pesquisa foi feita entre os dias 21 e 23 de setembro e ouviu 812 pessoas. A margem de erro é três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 31781/2010.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Carta de Antenor Pinheiro

Hidrolândia, 05 de setembro de 2010

Prezados amigos e amigas.

Estamos a acompanhar mais um processo eleitoral no Brasil, mas que guarda importantes diferenças em relação aos anteriores. Serão as eleições mais filtradas e limpas de toda a nossa história, resultado da efetiva participação da cidadania brasileira, que mobilizada fez aprovar no Congresso Nacional a conhecida “Lei da Ficha Limpa”. Essa iniciativa popular instrumentalizou a Justiça Eleitoral, permitindo-lhe excluir do pleito centenas de políticos que, antes de pretenderem um mandato para servir à população, na verdade buscavam se camuflar no instituto da imunidade parlamentar para protelar seus processos criminais ou inibir suas instaurações.

Outra peculiaridade é a conjuntura nacional. Não se pode desconhecer os avanços conquistados pelo Governo Federal liderado por Lula, do PT. Os seus índices de aprovação e popularidade alcançados superaram os mitos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, fatos que levaram até mesmo a oposição a blindá-lo em suas vazias intervenções e tristes campanhas. As ações desse governo popular permitiram com que todos tivessem contempladas as suas aspirações enquanto pessoas físicas ou jurídicas, mas com um ingrediente a mais: houve expressiva diminuição da distância entre os ricos e os mais pobres. Graças ao vigor econômico de suas políticas, fez de marolinha no Brasil a tsunami que devastou as economias mundiais; e é exitosa a política de transferência de renda que já tirou da faixa da pobreza 30 milhões de brasileiros.

É nesse contexto que experimentamos este processo eleitoral, o que fez com que a nossa responsabilidade triplicasse em defesa deste caminho de prosperidade, desenvolvimento social e econômico.

Antenor Pinheiro, jornalista; perito criminal de classe especial aposentado; presidente do CETRAN-GO; especialista em Criminologia (UFG); ex-superintendente municipal de trânsito de Goiânia; membro da ANTP; ex-membro titular do Fórum Consultivo do DENATRAN e da Câmara Temática para Assuntos Veiculares do CONTRAN; ex-presidente nacional e conselheiro nato da Associação Brasileira de Criminalística/ABC; professor convidado da Universidade Autônoma do Estado do México e dos Ministérios Públicos Federais de Cuba, Honduras, Costa Rica e Argentina.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Comunicação e Tecnologia

Shopping opera sistema de Bluetooth, JORNAL O Popular

O Goiânia Shopping começou a operar na última semana o sistema de rede de comunicação via bluetooth. Em parceria com a 2Call Mobile Marketing, o shopping instalou 21 pontos pelos corredores. Ao ativar o serviço do celular, o cliente recebe conteúdos exclusivos como vídeos, fotos, ringtones além de informações sobre promoções e lançamentos das lojas e das atrações e ações do shopping.
Para que as pessoas experimentem esta novidade, é importante manter os aparelhos celulares com bluetooth ligado. Na última semana, foram enviadas mais de cem cortesias para participar das atrações de férias do shopping.