quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A violência e a guerra em dois aspectos que nos aflige

Realmente estamos em guerra porque com a globalização o mundo, tudo gira em torno de lucro, atrelado ao capitalismo. Segundo o coronel da policia do Rio De Janeiro - RJ, a violência lá já atingiu de domingo até o presente momento 25 mortos, 4 PMs feridos, 300 detidos ou presos com 102 carros e ônibus incendiados.

O que acontece quando pessoas se vê perdendo poder, perdem dinheiro que ali ganhavam, alias “traficavam” há muito tempo, elas se revoltam. Mas, a segurança publica tem que vencer o mal, e neste conceito é necessário que cobremos do Governo, garantia da nossa segurança.

Para a paz e o bem estar de todos é preciso que nas famílias brasileiras, os pais ensinem aos filhos o amor, o respeito ao próximo, coloquem limites, para que eles não sejam violentos. É preciso punir urgentemente e severamente os agentes da violência e os grupos de extermínio.

Devemos cobrar e reclamar aos lideres políticos, não podemos deixar acontecer esta guerra urbana, travada entre um exército de bandidos sustentados pelo crime organizado, e pelo estado impotente, em geral formados por traficantes despreparados, com poucos recursos, digo por que os criminosos do Rio não têm homens para ser reposto.

Como brasileiro, vamos torcer para que esta onda de violência, ataques, tiroteios, corrupção acabe logo e que as autoridades não continuem “tapando o sol com a peneira” negando o óbvio que nos rodeia.

Podemos dizer que bandidos do crime organizado, nada temem, pois não são punidos como deveriam; mandando esta turma para a cadeia, jogando a chave fora. Ao fato aceitamos que o Estado, que representa a sociedade, não enfrente esta questão com a atenção que merece.

Não bastasse esta guerra onde somos vítimas também de suas balas perdidas, temos outra guerra, a do trânsito, que nos coloca dentro de uma verdadeira guerra mundial.

Já no caso da guerra do trânsito, devemos enfrentar da mesma maneira que estamos enfrentando a epidemia da dengue, e o fizemos com a AIDS.

O difícil de engolir é o que se gasta em publicidade governamental em outras campanhas, quando morrem na nossa frente mais de 50 mil brasileiros por ano nesta guerra do trânsito em nossas ruas e rodovias.

Além de políticas publicas e uma forte campanha educativa, devemos tratar como bandidos estes marginais que matam, mutilam impunemente atrás de um volante.

Ufa, fim de folha. No trabalho são muitos relatórios de multas do DETRAN, AMT, CMTT, AGETOP cometidas por motoristas infratores.

Lamentável o país em que vivemos, boa noite.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

José Dirceu: "não posso aceitar o que Serra fez comigo"



Vagner Magalhães. Direto de São Paulo

O ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu (PT), réu no processo do mensalão, afirmou nesta segunda-feira (1) no programa Roda Viva, da TV Cultura, que não pode aceitar o que o candidato derrotado à presidência da República, José Serra (PSDB) fez com ele durante a campanha. Dirceu diz que foi linchado publicamente antes do seu julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), mas acredita que o seu adversário não acabou politicamente e que tem valor porque lutou até o final. "Espero que ele tenha um papel na oposição. Não espero um País sem oposição. Não espero que o País viva assim", disse. O programa foi ao ar às 22h desta segunda-feira (1º).

De acordo com Dirceu, a postura do PSDB na campanha, notadamente no horário eleitoral de rádio e TV, foi inaceitável. "Não posso aceitar o que o José Serra fez comigo. Ele me linchou. E se eu for absolvido no Supremo, como é que fica? Ele me colocou como chefe de quadrilha. Eu tenho biografia, não tenho folha corrida", afirmou.

Após a gravação, Dirceu disse que o discurso feito por Serra ontem, reconhecendo a derrota, visa a mistificação e que é um discurso pequeno, do ponto de vista político. "O objetivo dele continua a ser a mistificação. Lutar pela liberdade e pela democracia como se ela estivesse ameaçada. Lutar pela liberdade e pela democracia, nós devemos sempre lutar. Agora, que esse é o principal problema do Brasil e a oposição deve ser construída em uma luta, como se nós fossemos uma ameaça para o País, não é correto.. Ele está vivendo em outro País", disse. Porém, por outro lado, Dirceu disse não subestimar a carreira política do adversário.

"Essa coisa de dizer que está morto, não vai mais fazer política, que não tem mais espaço, não é assim. Posso discordar, até condenar, porque acho que a guerra foi suja, a campanha se rebaixou muito. Essa questão religiosa, é muito grave que ele tenha trazido isso. A maneira como se tratou a questão da interrupção de gravidez, do aborto, mais grave ainda, mas isso não significa que eu reconheça que ele lutou e batalhou até o final", disse.

Segundo Dirceu, a partir de agora, o PSDB vai ter de superar a crise. "Agora é crise no partido porque eles estão praticamente empurrando o Aécio Neves para fora do partido. E quem autoriza isso está querendo que ele saia. Não é tão simples assim a vida não vai ser fácil do PSDB e do DEM. Mas eu não subestimo a oposição, porque ela tem força política", afirmou.

Dirceu disse que a oposição tinha a "certeza que ia ganhar a eleição de nós". Durante o programa, ele disse ainda que o governo Lula foi o que mais trabalhou contra a divisão do País e que o discurso da oposição, muitas vezes foi exatamente o contrário.

Sobre o seu julgamento no STF, Dirceu disse que vai fazer a sua defesa na sociedade e espera que o seu julgamento - ainda sem data definida - e que espera que ele não se transforme no 3º turno das eleições.

Por fim, ele afirmou que muitas vezes fica cansado consigo mesmo. "Virei um personagem que eu não sou, mas estou satisfeito com a solidariedade que recebi nesse País".

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Jornalista de Goiás denuncia censura em TV pública

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ESTELITA HASS CARAZZAI
DE SÃO PAULO

Atualizado às 15h44.

O jornalista Paulo Beringhs, apresentador de um programa noticioso na TV Brasil Central --mantida pelo governo de Goiás--, declarou que estava sendo censurado pelo governador Alcides Rodrigues (PP). A declaração foi feita ao vivo, durante a transmissão do Jornal "Brasil Central", na noite de quarta-feira (20).

"Estamos sendo censurados. Estamos sob intervenção", disse o jornalista.


Beringhs se referia ao veto à entrevista com o senador e candidato ao governo de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) --adversário político de Rodrigues. Perillo disputa o segundo turno com Iris Rezende (PMDB), que tem o apoio do governador e que não compareceu ao programa para a entrevista.

"Iris não veio, Marconi Perillo viria hoje [quinta-feira, dia 21], só que eu recebi ordens de não trazer Marconi Perillo ao programa", disse o jornalista no ar, durante o programa noticioso.

Ainda no programa, Beringhs também declarou que o grupo de Iris Rezende "tem tradição em censurar a imprensa", embora afirmasse que o jornalismo da TV Brasil Central tinha liberdade até então.

O jornalista ainda fez referências a Jorcelino Braga (PP), ex-secretário da Fazenda de Alcides Rodrigues e que atualmente integra o marketing da campanha de Rezende, sugerindo que ele teve participação na ordem de censurar a entrevista.

Beringhs também anunciou a presença de outro jornalista na bancada do programa e disse que ele estava lá para substituí-lo a partir do dia seguinte --o que é negado pelo colega. "Você sabe exatamente o que aconteceu. Garanta o seu emprego, que eu garanto minha dignidade", disse Beringhs.

OUTRO LADO

O presidente da Agecom (Agência Goiana de Comunicação), Marcus Vinícius de Faria Felipe, que é responsável pela TV Brasil Central, do governo do Estado, nega que tenha havido censura.

Segundo ele, a entrevista com o candidato tucano não chegou a ser desmarcada, e não houve ordens para que fosse.

"Não há censura à participação de nenhum dos candidatos; o espaço está aberto", disse. Ele afirmou que o Jornal Brasil Central já havia entrevistado Marconi Perillo na última quinta-feira (14).

Sobre as declarações de Beringhs, disse que "não sabe das razões" do apresentador para afirmar que houve censura. "Às vezes, acontece esse tipo de conflito. Não é a primeira vez que um apresentador é intempestivo no ar. Não sei das razões do Paulo", afirmou Felipe.

O diretor ressaltou que a TV quer que o jornalista continue na emissora e que ele não foi demitido. No telejornal de ontem, Beringhs afirmou: "Certamente, amanhã [hoje], já não estarei mais à frente deste programa".

Beringhs tem um contrato com a TV Brasil Central, em nome de sua empresa, para produzir o telejornal. O contrato, que prevê que ele seja o apresentador do programa, não foi rompido, de acordo com Felipe. "A gente o reconhece como um bom profissional", afirma.

Segundo Felipe, se Beringhs se afastar da apresentação do telejornal, terá sido por iniciativa própria.

O jornalista afirmou que não pretende mais comandar o programa



Presidente da Agecom diz que acusação de censura na TBC é “alegação torpe”

Da Redação portal730.com.br

Em entrevista exclusiva ao Portal 730, o presidente da Agência Goiana de Comunicação, Marcus Vinicius de Faria Felipe, se diz “surpreso” com o comportamento do jornalista Paulo Beringhs, apresentador do Jornal Brasil Central. Na quarta-feira (20), Beringhs interrompeu a edição noturna do programa e denunciou suposta “censura” a entrevista do candidato a governador Marconi Perillo (PSDB) que seria veiculada nesta quinta-feira (21). Marcus Vinicius deu detalhes do contrato firmado entre a Agecom e a empresa Conceito Produções e Eventos Jornalísticos Ltda, de Beringhs. Segundo ele, o acordo continua em vigor. Confira.

Como foi exatamente a história denunciada pelo jornalista Paulo Beringhs na quarta-feira (20)?

Foi uma surpresa pra mim ter conhecimento do fato depois de acontecido, pelo Twitter. Manifestei minha surpresa. A maneira como tudo foi colocado não condiz com o espírito democrático e com a lisura da TV Brasil Central.

O senhor pediu que alguém acompanhasse a entrevista com o senador Marconi Perillo (PSDB) ou tentou de alguma forma cancelar essa entrevista?

Isso é que causa estranheza. O senador concedeu entrevista na última quinta-feira [14] e a [nova] entrevista continua marcada para hoje [21]. O programa continua sendo apresentado pelo Paulo. E vale esclarecer o seguinte: o Paulo tem um contrato com a TV Brasil Central. Segundo esse contrato, a empresa dele é responsável pela apresentação e pela produção do Jornal Brasil Central, edição da noite. Portanto, é um programa da TV Brasil Central. Vai ao ar, normalmente, às 22 horas. Com o período eleitoral, passou a ser apresentado mais tarde. No nosso entendimento o contrato continua em vigor. A Agecom tem interesse que o Paulo continue apresentando o jornal.

Então o contrato não foi cancelado?

Da nossa parte, não. Não houve destrato por parte da Agecom. A empresa do Paulo é a Conceito Produções e Eventos Jornalísticos Ltda.

Quais são as condições de rescisão desse contrato?

O contrato prevê um editor-chefe, dois cinegrafistas, dois repórteres, um âncora, que é o Paulo, e um produtor: “Estabelecer em conjunto com a Diretoria de Radiodifusão da Agecom ou outro setor indicado pela contratante as estratégias do programa e utilizar a marca da TV Brasil Central nas reportagens e matérias a serem veiculadas. Ceder à Agecom, quando solicitado, as matérias produzidas pela contratada e veiculadas no programa para utilização em outros telejornais. Apresentar o programa ao vivo diretamente de seus estúdios, enviando o sinal via link para a sede da TV Brasil Central”. O contrato reza que ele faça a produção e apresentação em comum acordo com a TV Brasil Central, que é responsável pela edição de todo o jornalismo apresentado na TV.

O que significa acertar em conjunto “as estratégias do programa”?

São as pautas. O jornal que o Paulo apresenta traz um resumo das notícias do dia e ele também leva convidados para debater temas que sejam do interesse da comunidade. Faz parte do material veiculado pela TV. Paulo, nesse caso, não é um terceirizado, não faz uma programação a revel da programação da TV.

Ou seja, o conteúdo tem de estar em acordo com a linha editorial da Televisão Brasil Central?

Exatamente. Como o Jornal do Meio-Dia, apresentado pelo Cléber [Ferreira].

Havia uma estratégia definida para as entrevistas com os candidatos a governador nesse período?

Aquilo que pede o TRE-GO [Tribunal Regional Eleitoral de Goiás], nada mais, nada menos. O TRE pede isonomia. A gente tem cuidado para dar essa isonomia. Nosso debate aqui [no dia 24 de agosto, com todos os governadoriáveis] foi democrático, com regras acordadas entre as equipes de todos os candidatos. As entrevistas com os candidatos no Jornal Brasil Central, edição do almoço, e no Jornal Brasil Central, edição da noite, também foram acordadas com os candidatos. Seguimos aqui o que foi determinado pela Justiça Eleitoral.

Houve autorização da diretoria da Agecom para realização de duas rodadas de entrevistas com os candidatos a governador no segundo turno?

Essa é uma situação que precisa ser esclarecida. O Paulo fez o convite ao senador Marconi, que foi entrevistado na última quinta-feira [14], uma semana atrás, portanto. Ele [Paulo] fez o convite para a campanha do candidato Iris Rezende. Por razões de agenda, o candidato preferiu não ser entrevistado naquele momento. Paulo, então, fez novo convite ao senador Marconi. O senador, que já havia sido entrevistado, seria entrevistado mais uma vez. Pela isonomia que o TRE estabelece, a gente deveria entrevistar o candidato Iris Rezende duas vezes.

Após a impossibilidade de Iris participar da primeira rodada de entrevistas, a segunda rodada foi acordada com a direção da Agecom?

Não, não foi acordada. Não houve nenhum acordo nesse sentido. No meu entendimento e no entendimento do jornalismo da TV Brasil Central, deve ser mantida a isonomia. Se um candidato tem direito a uma entrevista, o outro também tem. Se forem duas entrevistas, duas entrevistas devem ser feitas com o outro candidato também. Para que amanhã não sejamos cobrados por uma postura não-isonômica.

O fato de um candidato recusar o convite para participar de uma entrevista é uma autorização tácita para que outra entrevista seja realizada com o adversário?

A negativa foi por motivo de falta de horário na agenda. Se posteriormente o candidato pede a entrevista, vou ter que atender. Prefiro me ater, então, ao que reza a legislação eleitoral: um candidato deve ter o mesmo espaço que o outro.

Houve interferência de membros da campanha de Iris Rezende nesse processo, conforme foi dito pelo jornalista Paulo Beringhs?

De maneira nenhuma. Não faz nenhum sentido isso. A TV Brasil Central é que determina a política de edição do seu jornalismo.

O que o contrato prevê em relação à rescisão?

A cláusula 11ª dispõe sobre rescisão: “A rescisão do presente contrato poderá ser: determinada por ato unilateral e escrito da Agecom nos casos enumerados nos incisos 1, 12 e 17 do artigo 78 da Lei 866/93; amigável, por acordo entre as partes; judicial, nos termos da legislação”. Nenhum desses casos se aplica a essa situação.

Quer dizer que se Paulo Beringhs não apresentar o telejornal ele está sujeito às sanções do contrato?

Exatamente.

O fato de Paulo Beringhs ter ligação com um partido por filiação preocupa a Agecom?

Quem fez contrato foi o saudoso presidente da Agecom Valterli Guedes. As tratativas para esse contrato foram feitas nos meses de agosto, setembro, de 2008, e o presidente veio a falecer em setembro do mesmo ano. Assumi em novembro e faltava protocolar o contrato, enfim, o novo presidente deveria ter ciência e assinar o contrato. Assinei o contrato em memória de Valterli. Contrato de um ano. Já na minha gestão foi feito um aditivo por mais um ano, por volta do mês de setembro também, ou seja, já no período eleitoral. Por causa de Valterli e também por conhecer o Paulo, pelo profissional que ele é, experiente, reconhecido, que aquela era uma boa aquisição: a participação dele no jornalismo da TV Brasil Central.

Pelo contrato, então, a Agecom tem o direito de discutir a pauta do programa, inclusive a agenda de convidados?

Sim. A parte editorial do programa é ligada à Direção de Rádio e TV da Agecom.
Houve censura, como foi dito?

Se houvesse censura, não haveria a primeira entrevista [com Marconi Perillo, na quinta-feira 14). Então essa é uma alegação torpe.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Arquiteto Oscar Niemeyer declara apoio a Dilma


• atualizado


Mesmo aos 102 anos, o arquiteto Oscar Niemeyer mantém-se ativo tanto na arquitetura como na vida política. Em vídeo divulgado neste sábado (9)declarou seu apoio à candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff.

Niemeyer argumentou que Dilma "representa" o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que segundo ele "pela primeira vez deixou o povo brasileiro sorrir um pouco".

No primeiro turno das eleições, realizada no domingo passado, a petista obteve 46,91% dos votos, contra 32,61% de José Serra (PSDB), mas não alcançou a maioria necessária para evitar o segundo turno, que será realizado no próximo dia 31.

Agora assistindo o jornal Hoje Globo, segunda-feira às 8h. Dilma tem 47% contra 40% de Serra.

domingo, 26 de setembro de 2010

Deu em o globo: Metamorfoses

Merval Pereira

O presidente Lula é o sujeito mais enganado do mundo. Ou o que mais se engana. Ou se acha capaz de enganar todo mundo. Já se declarou uma “metamorfose ambulante” para justificar suas constantes mutações. Agora mesmo passou de um ponto a outro, de acusar a “mídia” de tentativa de golpismo a tratá-la como a coisa mais importante do mundo.

Ele, que apregoava que a “velha mídia” não tem mais importância na relação com os cidadãos, admitiu, sempre nos palanques, que sua disputa com a imprensa é em busca de elogios, que fica de ego inflado quando é elogiado.

Menos, presidente, menos.

Mais do mesmo, apenas a repetição de uma tática de morde e assopra em que ele é mestre. Pelo mais recente relato da crise no Gabinete Civil, repete-se o mesmo roteiro, que leva a crer que ou o presidente não sabe escolher seus assessores – o que coloca uma dúvida sobre a escolha de Dilma como sua candidata –, ou não consegue controlar sua equipe.

E tampouco Dilma consegue.

Uma semana depois da saída de Erenice Guerra da Casa Civil sob acusação de tráfico de influência, ele admitiu finalmente que pode ter sido enganado. “Se alguém acha que pode chegar aqui e se servir, cai do cavalo, porque a pessoa pode me enganar um dia, mas não engana todo mundo todo dia”.

Esse comentário de Lula é uma demonstração de que ele é um precipitado quando quer defender seu feudo eleitoral, e por isso perde o senso de medida.

Um dia depois de ter que demitir sua ministra, o presidente voltou a subir nos palanques para criticar a imprensa, dizendo para seu eleitorado que os jornais "inventam coisas" contra ele apenas por que apóiam a candidatura adversária de José Serra.


A candidata Dilma foi no mesmo diapasão, acusando a oposição de usar "calúnias e falsidades" contra o governo.

Hoje, o presidente já admite que pode ter sido enganado, e a candidata oficial tira o corpo fora para dizer que foi Lula quem indicou Erenice para o ministério.

Antes, dizia que não vira nenhum sinal de atitudes indevidas de seu antigo braço direito, agora transformada em simples “ex-assessora”.

Agora, Dilma já anuncia que é a favor de punições rigorosas, e que nunca foi favorável ao nepotismo que estava instalado no seu ministério, desde quando era ela a responsável principal.

No caso anterior, da quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato oposicionista, o presidente chegou a ir à televisão, num dia 7 de setembro, para, simulando uma declaração oficial de governo, assumir seu papel de cabo eleitoral da candidata Dilma.

Garantiu ao povo brasileiro que a turma “do contra” levantava calúnias contra seu governo. Até o momento, várias pessoas ligadas ao PT foram indiciadas pela quebra de sigilo, o aparelhamento político da Receita Federal transformou agências em verdadeiros balcões de negócios, e o próprio governo, que negava as acusações, teve que anunciar às pressas várias medidas para proteger políticos e suas famílias de uma possível invasão.

O fato de ter se mobilizado para blindar políticos, e só ter tido preocupações com efeitos eleitorais do episódio, mostra como o governo vem tratando a questão, sem se preocupar com o fato de que mais de mil pessoas tiveram seus sigilos negociados nos balcões da agência Mauá da Receita federal.

Como bem destacou a candidata do Partido Verde Marina Silva, o governo deveria ter pedido desculpas aos contribuintes, e não apenas se preocupar com os aspectos políticos do episódio.

A tática de negar primeiro, e depois admitir que houve problemas, é recorrente no governo Lula. No mensalão foi a mesma coisa.

Em entrevista de Pedro Bial no Fantástico, em janeiro de 2006, o presidente Lula admitiu que houve erros, tanto, disse ele, que houve punições: "Genoíno saiu da presidência do PT, o Silvinho não está mais no PT e o Zé Dirceu perdeu o mandato. O Delúbio saiu do PT".

O presidente, que havia se declarado “traído” no episódio, diz que "o conjunto dos acontecimentos" soou como se fosse uma "facada nas costas".

Hoje, Lula diz que não houve mensalão, e que tudo não passou de uma conspiração da oposição, com apoio da “midia”, contra o seu governo.

2004 – O Mensalão vem a público


Política direto do site ricardoorlandine.net

Na sexta-feira, dia 24 de setembro de 2004, o diário carioca Jornal do Brasil publicava em sua seção “Brasil” o artigo Miro denuncia propina no Congresso, o qual recebe destaque na primeira página com a manchete “Planalto paga mesada a deputados”.

A matéria fazia menção ao que já havia sido publicado anteriormente na revista Veja de número 1872 e que chegou às bancas em 18 de setembro de 2004.

Miro Teixeira, na época Ministro das Comunicações, havia comunicado a existência do mensalão ao Ministério Público Federal.

O ex-Ministro afirmou que o governo montou no Congresso um esquema de distribuição de verbas e cargos para premiar partidos da bancada governista fiéis ao Planalto.

Chamado mensalão, tratava-se de uma mesada fixa em troca de votos favoráveis no painel eletrônico.

A denúncia foi feita por vários parlamentares ao ex-ministro das Comunicações, Miro Teixeira, quando ainda era líder do governo na Câmara Federal.

Na época, Miro teria pressionado esses deputados para que fossem com ele pessoalmente ao encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para confirmar o que denunciavam, e que era operado pelo ex-subchefe da Casa Civil, Waldomiro Diniz, homem de confiança de José Dirceu, então ministro chefe da Casa Civil.

Como nenhum denunciante teve coragem, Miro resolveu se aconselhar com um dos mais atuantes procuradores do Ministério Público Federal em Brasília.

- Não faço política assim - lamentou Miro ao procurador, pouco antes de a insatisfação levá-lo a abandonar o governo Lula.

A senadora Heloísa Helena confirmou ao JB a existência do esquema.

- O governo montou um balcão de negócios sujos para manter sua base de bajulação. A cada nova denúncia ou indício de crime contra a administração pública, sinto um misto de tristeza e indignação. Surpresa, nenhuma – disse a senadora.

Nascia aí a maior crise política do governo Lula.

Mas não podemos esquecer que não foram só os aliados de Lula os envolvidos com o mensalão ou operações similares.

O DEM em Brasília montou algo bem parecido, Mensalão do Democratas de Brasília, arquitetado pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda e seus aliados políticos.

Já o PSDB de José Serra criou o mensalão tucano, também chamado de mensalão mineiro, ou ainda valerioduto tucano, que teria ocorrido na campanha para a eleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

O fato, e muito triste por sinal, é que até agora tudo ainda cozinha na pizzaria Brasil.

Se alguém souber de alguém que está preso, me avise.

IBOPE APONTA SEGUNDO TURNO EM GOIÁS

O Globo

Pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira pela TV Anhanguera, afiliada da TV Globo, aponta Marconi Perillo (PSDB) na liderança com 43% das intenções de voto. Iris Rezende (PMDB) tem 33%.

Segundo a pesquisa, Vanderlan Cardoso (PR) tem 12%. Os candidatos Washington Fraga (PSOL) e Marta Jane (PCB) não pontuaram. Os votos brancos e nulos somam 4% e indecisos 7%.

Em uma simulação do segundo turno, se os candidatos fossem Marconi Perillo e Iris Rezende, o primeiro teria 47% dos votos enquanto que o segundo, 37%.

Na corrida para o Senado, o senador Demóstenes Torres (DEM) está na liderança com 52% das intenções de voto. Lúcia Vânia (PSDB) aparece com 39%, seguido de Pedro Wilson (PT), com 18%, Adib Elias (PMDB), com 11%, e Reneer (PP), que abandonou a candidatura na semana passada, foi citado por 7% dos entrevistados.

De acordo com a pesquisa, o candidato Roberto Cunha (PP) tem 6%, e Elias Vaz (PSOL), 3%. Já os candidatos Rubens Donizete (PSTU) e Bernardo Bispo (PCB) têm 1% , cada.

Na pesquisa, 21% dos entrevistados citaram apenas um candidato. Votos brancos e nulos somaram 9% . O número de eleitores indecisos é alto: 32%.

A pesquisa foi feita entre os dias 21 e 23 de setembro e ouviu 812 pessoas. A margem de erro é três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 31781/2010.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Carta de Antenor Pinheiro

Hidrolândia, 05 de setembro de 2010

Prezados amigos e amigas.

Estamos a acompanhar mais um processo eleitoral no Brasil, mas que guarda importantes diferenças em relação aos anteriores. Serão as eleições mais filtradas e limpas de toda a nossa história, resultado da efetiva participação da cidadania brasileira, que mobilizada fez aprovar no Congresso Nacional a conhecida “Lei da Ficha Limpa”. Essa iniciativa popular instrumentalizou a Justiça Eleitoral, permitindo-lhe excluir do pleito centenas de políticos que, antes de pretenderem um mandato para servir à população, na verdade buscavam se camuflar no instituto da imunidade parlamentar para protelar seus processos criminais ou inibir suas instaurações.

Outra peculiaridade é a conjuntura nacional. Não se pode desconhecer os avanços conquistados pelo Governo Federal liderado por Lula, do PT. Os seus índices de aprovação e popularidade alcançados superaram os mitos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, fatos que levaram até mesmo a oposição a blindá-lo em suas vazias intervenções e tristes campanhas. As ações desse governo popular permitiram com que todos tivessem contempladas as suas aspirações enquanto pessoas físicas ou jurídicas, mas com um ingrediente a mais: houve expressiva diminuição da distância entre os ricos e os mais pobres. Graças ao vigor econômico de suas políticas, fez de marolinha no Brasil a tsunami que devastou as economias mundiais; e é exitosa a política de transferência de renda que já tirou da faixa da pobreza 30 milhões de brasileiros.

É nesse contexto que experimentamos este processo eleitoral, o que fez com que a nossa responsabilidade triplicasse em defesa deste caminho de prosperidade, desenvolvimento social e econômico.

Antenor Pinheiro, jornalista; perito criminal de classe especial aposentado; presidente do CETRAN-GO; especialista em Criminologia (UFG); ex-superintendente municipal de trânsito de Goiânia; membro da ANTP; ex-membro titular do Fórum Consultivo do DENATRAN e da Câmara Temática para Assuntos Veiculares do CONTRAN; ex-presidente nacional e conselheiro nato da Associação Brasileira de Criminalística/ABC; professor convidado da Universidade Autônoma do Estado do México e dos Ministérios Públicos Federais de Cuba, Honduras, Costa Rica e Argentina.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Comunicação e Tecnologia

Shopping opera sistema de Bluetooth, JORNAL O Popular

O Goiânia Shopping começou a operar na última semana o sistema de rede de comunicação via bluetooth. Em parceria com a 2Call Mobile Marketing, o shopping instalou 21 pontos pelos corredores. Ao ativar o serviço do celular, o cliente recebe conteúdos exclusivos como vídeos, fotos, ringtones além de informações sobre promoções e lançamentos das lojas e das atrações e ações do shopping.
Para que as pessoas experimentem esta novidade, é importante manter os aparelhos celulares com bluetooth ligado. Na última semana, foram enviadas mais de cem cortesias para participar das atrações de férias do shopping.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Analista ambiental diz que ninguém está se preocupando com a degradação do meio ambiente

O analista ambiental do Ibama – Goiás, Ricardo Portas diz que o brasileiro não está satisfeito em saber do futuro sem água potável. No dia de ontem, (28) foi imposto o maior movimento da História em defesa do meio ambiente, chamado Hora do Planeta. Onde todas as pessoas do mundo foram convidadas a apagarem as luzes por 30 min. Portas alerta que as autoridades, os empresários, o governo devem adotar medidas, habilidades de reflexão na preservação do meio ambiente. Segundo o analista ambiental, em um tempo não muito distante, os rios estarão no caminho da degradação, pois estão quase todos com suas margens desmatadas e com um alto grau de assoreamento. Além disso, Portas relata que nossas terras, matas, córregos, águas e ar serão desagradáveis, e, com isso, o clima ficará muito pior do que já é hoje. “Ninguém está se preocupando com a degradação do solo, mar, etc. A preservação do Araguaia é nossa luta, venha nos ajudar a mudar o futuro de nossos filhos”, declara.


Pergunta: Como é feito o trabalho de fiscalização realizado todos os anos no rio Araguaia?
Resposta: O trabalho realizado é feito de várias formas, por meio de etapas. Na APA (Área de Proteção Ambiental) de São Miguel do Araguaia é realizado um serviço diuturnamente todo ano. Nas outras cidades, como Aruanã, Bandeirantes e Aragarças, os trabalhos se intensificam na temporada de pesca, assim também, abrangendo a flora e a fauna.


P: O Ibama tem alguma ação social em relação ao rio Araguaia, ou projetos incluindo estudantes?
R: Sim, os dois. Ação social envolve a comunidade em geral na preservação do Araguaia. Treinamentos que envolvem jovens estudantes universitários a irem até ao Araguaia levando o nome do órgão, bem como representando o Ibama. Se alguém se interessar em fazer parte da seleção pode participar das reuniões aos sábados das 14h às 19h; aos domingos, das 9h às 14h; e às quintas-feiras no mesmo horário do domingo na própria sede do instituto, situada no Setor Universitário. Para maiores informações, consulte o site no endereço: http://www.ibama.gov.br/ran


P: Sabemos que entre junho e outubro as águas do rio abaixam. O que pode ser feito em preservação?
R: Pode ser feita uma fiscalização intensiva, com uma integração entre os órgãos ambientais: Agência de Meio Ambiente do Estado, Batalhão Florestal, Ministério Público e Delegacia Estadual do Meio Ambiente.


P: É verdade que na temporada do Araguaia, o rio nos proporciona belas praias e muita paisagem deslumbrante da natureza?
R: Sim, claro, pois o rio Araguaia, além de ser altamente piscoso (com muita vida aquática), o por do sol nos seus remansos é um dos mais bonitos do Brasil. Infelizmente, a mentalidade do goiano não é de contemplação, as pessoas vão para o Araguaia para fazer fará, e não para ver os animais. Devemos mudar essa cultura.


P: A região que abrange todo rio Araguaia em seu fluxo pode ser considerada, excepcionalmente, um patrimônio cultural. Por quê?
R: Sim, pois o rio recebe cientistas, empresários, turistas e, principalmente, pessoas ligadas à área do meio ambiente, ou seja, ambientalistas não só do Brasil, como de outros países. Patrimônio cultural, por que sua cultura ribeirinha é cantada em verso e prosa.


P: Que parcerias de sucesso existem para evitar a poluição do rio Araguaia e suas matas ciliares?
R: O fundamental é a educação, a prevenção ambiental com os ribeirinhos e os órgãos competentes, mas o principal mesmo é o acordo, a parceria existente entre a população. As pessoas têm que perceber que o rio é um lugar rico, adotar a consciência de preservação é sempre bom, para que nossos filhos também contemplem a beleza e a riqueza do Araguaia.


P: O Rio Araguaia corta metade do Brasil, ligando o Centro-Oeste ao Norte. Comente sobre as cidades ribeirinhas. E das que visitou, qual projeto chamou sua atenção em preservação do meio ambiente?
R: Um dos maiores projetos na área de preservação do meio ambiente está na cidade de Luiz Alves, que se chama Projeto Pirarucu (peixe em extinção). As cidades ribeirinhas recebem vários técnicos ambientalistas, não só de entidades governamentais brasileiras, como também técnicos internacionais, a convite do Ibama.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Modernismo artístico é destaque em Goiás

Com participação de diversos artistas brasileiros, o conceito de modernidade nas artes plásticas é destaque no Museu de Arte Contemporânea, mostra que acontece a partir do dia 19 de maio e vai até marco de 2010, tem como objetivo abordar o modernismo artístico goiano, suas mudanças e extensões no Estado de Goiás.

Todo aparato presenciado no museu tem como figura elementar central, a vida e as obras do artista plástico, D(irso) J(osé) de Oliveira (1932-2005), nascido em São Paulo e falecido em Goiânia.

DJ Oliveira na capital goiana ao retomar o trabalho artístico iniciado em SP, tornou-se fundador do primeiro ateliê de pintura moderna do Estado. Em 1959 os artistas atuavam de forma anônima, e o ateliê de DJ Oliveira funcionava na época somente nos fins de semana. Seu ateliê era conhecido como Mona Lisa, situado na Avenida Anhanguera.

O diretor do Museu de Arte Contemporânea de Goiás, Leonam N. Fleury diz que os artistas doaram suas obras, não apenas na sua materialidade, mas, sobretudo, como suporte estético de suas narrativas e conceitos. Afirma ainda, que o interesse das pessoas pela arte em nossa região está esquecido e com pouca procura, principalmente por parte do Governo que não incentiva financeiramente. “Não verificamos investimentos propícios em melhorias e em prol da arte”, conclui Leonam.

Fleury, convida toda sociedade para prestigiar as exposições “Modernismo em Goiás e Ocupação” e a Mostra “MAC: 40 anos de gravura”, que ficará exposta para o público durante 11 meses. “Vale apena conferir, pois são artistas locais e nacionais que se interessaram em produzir algo sobre Goiás”, completa o diretor.

Chama atenção também o pintor, desenhista e escultor, Siron Franco nascido em Goiás Velho, mas cresceu, estudou e passou sua adolescência na capital, Goiânia. Ele é um dos expositores que aborda o modernismo em Goiás, suas obras como Madona e O mágico, pintadas a óleo são algumas das varias obras de arte que as pessoas poderá conhecer frequentando o museu.

Na MAC, 40 anos de gravura o destaque fica com o artista Clóvis Graciano, nasceu em 1907 em Araras, e teve vários contatos no mundo da arte como Picasso por exemplo. Suas obras retratam através de traços, a ligação do homem com o homem, a importância de se observar o que acontece ao redor, coisas simples, no entanto com um toque especial do autor.



Serviços:
Local: Exposição no Museu de Arte Contemporânea
Dia: Até 31 de Março de 2010
Hora: período comercial
Endereço: Rua 4, nº 515, Edifício Parthenon Center, setor central, Goiânia