terça-feira, 20 de novembro de 2012

TOPssimo texto Fabrícia Hamu, parabéns pela bela leitura da sociedade incoveniente

Goiânia - O brutal assassinato do ativista gay goiano Lucas Fortuna, morto a facadas neste final de semana em Pernambuco, tem todos os indícios de um crime homofóbico. A vítima, encontrada entre as praias de Gaibu e Cabo de Santo Agostinho, apresentava várias marcas de violência no corpo e não teve nenhum de seus pertences roubados.

Com 28 anos de idade, Lucas formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e destacou-se por sua luta contra o preconceito aos homossexuais. Gay assumido, foi o fundador do Grupo Colcha de Retalhos da UFG, diretor das ONGs ADGLT e AGLT e defensor incansável do PLC-122, projeto em tramitação no Congresso que criminaliza a homofobia.

A morte do jovem serve como reflexão para uma sociedade que acolhe e protege os heterossexuais homofóbicos. É o comportamento doente de um grupo de pessoas ditas normais e morais que crimes como este evidenciam, não o “problema” de uma orientação sexual voltada para pessoas do mesmo gênero.

A questão dos homofóbicos não é que eles não sabem lidar com a diversidade do mundo: não sabem lidar com a diversidade de medos e dúvidas de si próprios. Estudos sobre a causa da homofobia apontam que os homossexuais colocariam em xeque as certezas e angústias de muita gente, que não aceita a própria fragilidade.

Uma das causas de tanta raiva dos homossexuais seria um comportamento defensivo da própria sexualidade. A pessoa não tem certeza se é heterossexual, mas não quer encarar isso. Ao se ver diante de alguém que assume o fato, se sente desconfortável e passa a defender cegamente sua orientação sexual para se afirmar.

Outra razão apontada é o fato de os homossexuais questionarem a moral e os “bons costumes” vigentes. Interessar-se por alguém do mesmo sexo seria “imoral”. Mas o homofóbico que luta pela moralidade não deixa de entrar em conflito, pois o que seria mais imoral e socialmente inaceitável: ser gay ou espancar até a morte quem é?

Há também a questão religiosa. Ser homossexual é considerado um pecado grave em vários cultos e seitas. Novamente, não se foge do conflito: assediar moralmente e espancar um gay até a morte em nome de Deus ou seguir os ensinamentos de “não julgueis para não serdes julgados” e “amai o próximo como a ti mesmo”?

Outra razão para a homofobia seria o fato de o gay evidenciar qualidades femininas que a sociedade machista tende a menosprezar, como a capacidade de conciliação e a doçura. Manifestas em um homem, elas subvertem a ideia de que eles seriam durões e frios e de que mulheres são seres chorosos e sentimentais.

Como se vê, um gay assumido incomoda muita gente, porque desperta temores e conflitos profundos e dolorosos. Os mal-resolvidos, os inseguros, que para conseguirem sobreviver usam de um reducionismo existencial e dividem o mundo em bem e mal, certo e errado, entram em curto-circuito diante de um homossexual.

Ao chamarem os gays de aberrações e doentes, os homofóbicos denominam-se a si mesmos. A raiva que expressam é fruto da constatação de suas próprias fragilidades e incertezas. Alargar horizontes é complicado, crescer dói. Viver baseado em crenças e dogmas é mais seguro, mais cômodo.

Um gay assumido não é aquela caricatura afeminada e escandalosa que os homofóbicos pintam. É alguém que decidiu expor publicamente o que há de mais íntimo na vida de um ser humano – sua orientação sexual – para permitir às outras pessoas o direito de fazerem o que quiserem da própria sexualidade.

Não é divertido ser gay assumido. É doloroso, exige coragem e determinação extremas. Além disso, exige de quem cerca esse homossexual uma mudança de comportamento. É que não dá mais para ser hipócrita, para fingir que o mundo se divide em preto e branco e não num arco-íris de cores.

Mas nossa sociedade precisa da hipocrisia. Ela necessita de padrões e estereótipos que mantenham o “mundo em ordem”, ainda que saiba que eles sejam falsos e não nos tornem mais felizes. Um gay assumido é um tapa na nossa cara hipócrita e infantil. Ele exige que encaremos a verdade inconveniente de que nossas crenças e desejos não governam o universo.

Olho para os gays mortos e violentados e tenho vergonha de muitos ditos heterossexuais que circulam por aí. Eles refletem o desespero e a crueldade que tomam conta dos inseguros e frustrados. Os homossexuais nos deram espelhos e, como dizia Renato Russo, “vimos um mundo doente”. Uma imagem que causa tanta perplexidade, que tentei chorar e não consegui.

domingo, 14 de outubro de 2012

Segunda feira dia 12 de novembro vá ao cinema

CINEMARK BRASIL | Projetos Especiais

Desde 2000, a Cinemark comemora o Dia do Cinema Nacional com o evento Projeta Brasil Cinemark. Dia 12 de Novembro prestigie uma produção brasileira, escolha um filme e vá ao cinema, assista a preço popular de 3 reais na Rede Cinemark.

A Rede reserva uma segunda-feira do mês de novembro para exibir filmes nacionais, em todo país, por um preço simbólico. O critério de escolha dos títulos leva em consideração filmes exibidos pela Cinemark durante o ano, envolvendo os mais diversos gêneros.

A iniciativa está ligada a outros projetos da empresa para aumentar a participação da produção nacional nas bilheterias da rede e, ao mesmo tempo, reaproximar o cinema brasileiro do grande público.

A renda líquida total, por parte de distribuidores, produtores e da própria Cinemark, é destinada a projetos diretamente ligados ao cinema nacional, como a premiação de longas e curtas-metragem, apoio a festivais, restauração de cópias, realização de campanhas e outros.

As 11 edições realizadas do Projeta Brasil já levaram aos cinemas mais de 1.500.000 de pessoas e distribuíram mais de R$ 2.000.000,00 em prêmios e incentivos.

sábado, 22 de setembro de 2012

Famosos ditam moda

CULTURA


Quem nunca imitou seu artista favorito, que atire a primeira pedra. No cotidiano percebemos comentários sobre o que aconteceu no capitulo passado da novela ou aquele filme sensacional. Cenas retratadas na televisão, nas folhas das revistas, ficam no subconsciente das pessoas, em alguns casos imitam o seu artista favorito incondicionalmente seguindo suas dicas, vestindo a mesma roupa, falando suas gírias e adotando o mesmo comportamento.

Ídolo do futebol bastante imitado é o jogador Neymar da Silva Santos Júnior, com seu corte de cabelo moicano, visto na cabeça de centenas de crianças. De acordo com a administradora de empresas, Marcia Vieira Benia, os canais de comunicação como a TV acabam por influenciar muito o comportamento das pessoas e isso é normal. Entretanto há que se tomar cuidado porque nem tudo o que é apresentado aos nossos olhos é adequado ao nosso cotidiano. Se por um lado esse comportamento de copiar as celebridades movimenta o mundo da moda e cria possibilidades de negócios, por outro lado pode ser nocivo às pessoas que em alguns casos perdem a noção do que é apropriado para elas e caem no ridículo com a adoção de um comportamento impróprio e às vezes vulgar.

No início da carreira o ator e também galã americano Jon Hamm viveu pequenos papéis em várias séries da Tv americana, incluindo 'Providence', 'The Division', 'What About Brian' e 'Related'. Mas ganhou grande reconhecimento ao interpretar o publicitário Don Draper, na série 'Mad Men', que estreou em julho de 2007 e está no ar até hoje. Além disso, ele participou do filme de ficção científica 'The Day the Earth Stood Still', que ditou moda na America e no Brasil.

Lavoisier afirmou que na natureza “[...] nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, o que é de fato verdade e facilmente comprovado naquele ambiente, podendo inclusive ser tal afirmativa poética aplicável em parte também na natureza humana.

A psicóloga Waléria Rossana de Morais, entende que desde pessoas comuns até gênios sempre ouvimos falar ou presenciamos pessoas que criaram e criam muitas coisas: máquinas, objetos, artes, músicas, poemas, negócios, idéias, cursos, histórias e muito mais. “Tudo isso é fruto de um rebento chamado criatividade e intelectualidade que, de alguma forma, se materializa causando o milagre da transmutação do abstrato em concreto. Uma espécie de milagre cerebral e assim surgem as coisas!”

Waléria Rossana completa que as próprias pessoas passam por um processo psicológico chamado automodelagem, onde o sujeito em crescimento toma para si características que é do outro e experimenta ingredientes diferentes que lhe atiçam a curiosidade; interesse para formar sua própria identidade. Isso é perfeitamente saudável quando a criança tem as melhores referências e terrivelmente trágico quando a criança e até o adolescente tem as piores referências.

No entanto, a pissicologa diz que eventualmente alguns comportamentos adultos são imitados pelas crianças, pelos adolescentes e até mesmo por outro adulto. É muito comum ver a criança utilizando acessórios de sua mãe; ou o adolescente caracterizado ao estilo de seu ídolo cinematográfico ou mesmo o próprio adulto com trejeitos de seu chefe. A imitação é uma espécie de identificação com o outro e também muito saudável quando tais influências ajudam o sujeito fazer as melhores e mais íntimas escolhas de quem ele gostaria ser, sem deixar de ser ele mesmo.

A profissional constata que diante de tanto empenho em querer ser igual ao ídolo, resta à dúvida se tudo não passa de uma homenagem ou se trata de uma substituição de identidade. Assim, de acordo com o psicólogo graduado em psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Thiago Rodrigo Heine dos Santos, no período de construção de nossa identidade, procuramos e necessitamos de figuras de referência – no processo de interação com o meio externo e estruturação do meio interno – as quais farão nos sentirmos ou sermos parte de determinado grupo. “A influência e o ato de imitar determinados artistas ou bandas pode ser uma forma de expressão por parte dessas pessoas, o que faz eles se sentirem aceitos na sociedade em que vivem, frequentarem determinados lugares, e terem a tendência a envolver-se em grupos com os mesmos ideais”, afirma Thiago.

Apesar dessa formação da personalidade pela qual todos passam, para alguns especialistas, ser cover de alguém não significa a perda da identidade. Mestranda em psicologia pela Universidade Federal do Ceará (UFCE), Marcela Mello Ranier, salienta que para uma pessoa fazer o cover de outra é comum que se procure manter semelhança com aquela que imita. “Acredito que não é a imitação, por si só, que faria a pessoa se despojar de sua identidade para ‘incorporar’ este personagem”, completa. Também afirma que o cover pode ser visto como um tributo ou uma homenagem a um determinado artista ou banda, que marcou de alguma maneira uma geração ou a vida da própria pessoa.

Agora a perda de identidade, então, aconteceria caso o imitador realmente acreditasse que ele é o próprio sujeito imitado, sendo diferente quando o cover reconhece as diferenças entre ele e o personagem e consegue manter sua vida paralelamente aos momentos de trabalho. “Entretanto, noutras situações mais agravadas, que poderiam caracterizar a perda de identidade, verifica-se que quem habita a identidade da pessoa é o próprio personagem, que chega a se intitular com o mesmo nome do ídolo, se veste como este ídolo, acredita ser o próprio ídolo durante e fora de suas apresentações. É algo mais difícil de acontecer, mas não impossível”, ressalta Waléria Rossana.

Segundo o Advogado, Leonardo Bariani as modas são importantes para variarmos o nosso dia a dia, mas não é porque um artista que aprecio está criando um determinado padrão que devo segui-lo ou usar, por exemplo, um novo modelo de roupa. “Se eu gostar do que meu artista favorito está usando, posso até segui-lo, mas acho que não devo ter a obrigação de seguir moda, mesmo que eu não goste só para ser moderno, só para ser como os outros. Devemos ter opinião própria”, declara.

O técnico em informática, Renato Theodorio Borges diz que todos nós seres humanos temos em nosso íntimo um herói, um ídolo, um líder como fonte de inspiração. Porém não devemos deixar de lado nossa personalidade, para seguir os passos de um famoso, simplesmente por que ele dita moda. Hoje é ele, amanhã pode ser você.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Está decretada a GREVE nos Correios



Nesta noite 18 de setembro, diversos grupos sindicalistas dos Correios apóiam a paralização por tempo indeterminado. Esta é a solicitação dos funcionários da ECT, em diversas assembléias realizadas em todo Brasil, a favor dos braços cruzados, reivindicando melhores salários:

- Rio Grande do Sul – em greve;

- Mato Grosso - em greve;

- Alagoas - em greve;

- Ceara – em greve;

- RN - em greve;

- Piauí - em greve; - Brasília - em greve;

- RJ – em greve;

- Paraná – em Greve;

- São Paulo – em Greve;

- Pernambuco – em Greve;

- Vale Do Paraíba – em Greve;

- Santa Catarina – em Greve;

- Minas Gerais – em Greve;

- Pará – em Greve;

- Sergipe – em Greve;

- Paraíba – em Greve;

- Campinas – em Greve;

- Tocantins – em Greve;

- Goiás – em Greve.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Na opinião Orlandini, Celular: Antes tarde do que nunca

De: ricardoorlandini.net

Teve gente que achou exagerada a ação do Procon de Porto Alegre que proibiu a venda de novas linhas de telefones celulares e internet 3G pelas operadoras de telefonia desde segunda-feira passada.

Na esteira desta proibição em Porto Alegre, a Anatel finalmente resolveu defender o interesse dos consumidores e parar de fazer “olho branco” para a incompetência das operadoras.

O motivo alegado por aqui é de que nossa legislação é muito restritiva no que tange a permitir mais estações rádio base.

Se for isso, qual o motivo que leva a Anatel a fazer o mesmo em todo o Brasil, suspendendo as vendas da operadora com pior atendimento em cada estado?

A resposta é simples. Ninguém quer o osso, todos querem o filé e os usuários que se danem. As operadoras querem é faturar!

Já há algum tempo tenho dificuldade de fazer ligações (e receber também) em diversos locais do estado, e não só em Porto Alegre.

Já o 3G é uma piada de mau gosto. Devagar quase parando (quando funciona), este serviço é ruim (para ficar só por aí) em todas as operadoras e em qualquer lugar.

O 3G vai de regular a péssimo, sendo raro o bom e quase impossível o ótimo.

Na hora de vender, as operadoras prometem “mundos e fundos”. Já na prestação de serviços, fogem de seus clientes como o diabo da cruz, utilizando todo tipo de artimanha... digite um, dois, três..... e tenha paciência, muita paciência.

Alegar que a culpa é de que nossa legislação em Porto Alegre é restritiva é ser superficial demais.

A verdade é que faltam investimentos não só em mais rádio bases, mas em tecnologia, aumentando a capacidade de usuários simultâneos em cada célula.

E vou além.

Existem zonas, que não ficam onde o “diabo perdeu as botas”, em que o sinal é fraquíssimo ou inexistente.

Os exemplos são muitos, mas vejamos só alguns: Zona sul de Porto Alegre, partes da Freeway, praias do litoral norte e seus acessos, e por aí vai.

Repito: Sinal fraco ou inexistente e o 3G que deveria funcionar no litoral não funciona a contento ou simplesmente inexiste.

Pagamos um dos preços mais caros de telefonia no mundo (e energia elétrica também), se não é o maior, e o serviço é de terceiro-mundo.

Enfim alguém começa a pressionar no ponto fraco das operadoras, o faturamento, o bolso.

Elas devem melhorar o serviço e baixar os preços para números civilizados.

Ou será que continuaremos a tratar este assunto como fazemos com os bancos e cartões de crédito com suas taxas de juros?